Alteridade e infância

a brincadeira como modo de (re)existência na Educação Infantil do/no campo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22420/rde.v17i39.1915

Palavras-chave:

Educação Infantil no Campo, Brincadeira, Alteridade, (Re)existência, Identidade

Resumo

Este texto busca refletir sobre estudos e interseções entre a alteridade e a brincadeira da criança na Educação Infantil do campo; objetiva construir argumentos que esclareçam os processos de fortalecimento da identidade das crianças camponesas e suas formas de (re)existir em contextos e modos de vida/sociabilidade no/do campo; discorre sobre processos de subjetivação humana, a partir da dialética objetividade-subjetividade, alteridade e identidade, tratando ainda da brincadeira como dispositivo emancipatório e de liberdade na formação das crianças; por fim, reafirma a importância de considerarmos a criança do campo como ser de luta, num processo que vai se constituindo na relação com sua família camponesa e com a cultura e as pautas de luta do campo. Enquanto ser de luta, há de se atentar para processos como autonomia, protagonismo e participação, fundamentais para que as brincadeiras fortaleçam a alteridade dessas crianças.

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Biografia do Autor

Márcia Tereza Fonseca Almeida, Universidade do Estado da Bahia

Doutora em Educação e Contemporaneidade. Professora da Universidade do Estado da Bahia.

Romilson Martins Siqueira, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Doutor em Educação. Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

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Publicado

2023-12-27

Como Citar

Fonseca Almeida, M. T., & Siqueira, R. M. (2023). Alteridade e infância: a brincadeira como modo de (re)existência na Educação Infantil do/no campo. Retratos Da Escola, 17(39). https://doi.org/10.22420/rde.v17i39.1915