Bem-estar subjetivo e Cidade Educadora

promoção da saúde à luz da fenomenologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22420/rde.v16i36.1595

Palavras-chave:

Cidade Educadora, Bem-estar Subjetivo, Promoção da Saúde, Determinantes Sociais da Saúde

Resumo

Este ensaio pretende olhar para o fenômeno ‘bem-estar subjetivo-Cidade Educadora’ buscando compreender o potencial das Cidades Educadoras em catalisar a experiência humana intencional de promoção de saúde, de modo a criar uma realidade digna nos territórios de responsabilidade compartilhada. A Cidade Educadora não é fruto de coincidências, mas intencional, em favor do cuidado com determinantes sociais da saúde e múltiplas existências. Assim, os princípios da Política Nacional de Promoção da Saúde (solidariedade, felicidade, ética, respeito às diversidades, humanização, corresponsabilidade, justiça e inclusão social) colaboram na construção de uma cidade onde todos/as saibamos existir e coexistir. O papel da promoção da saúde na Cidade Educadora deve confundir-se, em parte, com a exigência humana de sermos circunstanciais no mundo, mas rigorosamente responsáveis por ele.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marta Azevedo Klumb Oliveira, Universidade Católica de Brasília

Mestrado em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília.

Referências

ALVES, Keila et al. Saúde, bem-estar subjetivo e apego ao ambiente escolar em adolescentes. Psic., Saúde & Doenças, Lisboa , v. 22, n. 2, p. 567-577, set. 2021. Disponível em <http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862021000200567&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 23 jul. 2022. DOI: https://doi.org/10.15309/21psd220221

ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 2000.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Trad. Roberto Raposo. 11 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

ARGAN, Giulio. A história da arte como história da cidade. São Paulo. Martins Fontes, 1995.

ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE CIDADES EDUCADORAS. Carta das Cidades Educadoras. 2004. Disponível em <https://www.edcities.org/pt/carta-das-cidades-educadoras/>. Acesso em: 7 nov. 2022.

BISPO JÚNIOR. José Patrício & SANTOS, Djanilson Barbosa dos. COVID-19 como sindemia: modelo teórico e fundamentos para a abordagem abrangente em saúde. Cad. Saúde Pública; v. 37(10):e00119021, p. 1-14, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00119021

BRASIL. Constituição Federal da República. Brasília: Senado Federal, 1988.

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei n. 8.080/90 de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>. Acesso em: 13 de out. de 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). Brasília DF, 2018. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude.pdf>. Acesso em: 6 nov. 2022.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Acidentes, violências, doenças transmissíveis, atividade sexual, características do trabalho e apoio social. 2019. Disponível em: <https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101800.pdf>. Acesso em: 18 set. 2021.

CLONINGER, Claude. Robert. Feeling Good: The Science of Well-Being. Ebook. Oxford University Press, 2004.

DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. Trad. Werther Holzer. São Paulo: Perspectiva, 2011.

DARTIGUES, André. O que é a fenomenologia? Trad. M. J. G. Almeida. São Paulo: Centauro, 2005.

DOCA, Fernanda Nascimento Pereira & BILIBIO, Marco Aurélio. A (des)conexão criança e natureza sob o olhar da gestalt-terapia e ecopsicologia. Rev. abordagem gestalt., Goiânia, v. 24, n. 3, p. 379-387, dez. 2018. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672018000300010&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em: 08 dez. 2021. DOI: https://doi.org/10.18065/RAG.2018v24n3.12

FAURE, Edgar et al. Aprender a ser. Lisboa: Portugal, 1972.

FERRAZ, Hermes. Filosofia urbana. Tomo I. São Paulo: João Scortecci, 1997.

FERRAZ, Renata Barboza; TAVARES, Hermano & ZILBERMAN Monica L. Felicidade: uma revisão. Revista de Psiquiatria Clínica. n. 34 (5); p. 234-242, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-60832007000500005

FREIRE, Paulo. Cinco minutos (ou pouco mais) com o genial e saudoso Paulo Freire – Educação e Transformação. Entrevista. 1997. Disponível em: <https://imediata.org/?p=854>. Acesso em: 16 set. 2021.

FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização (1930). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas, v. 21. Rio de Janeiro: Imago, 1980.

GIACOMONI, Claudia Hofheinz. Bem-estar subjetivo: em busca da qualidade de vida. Temas em Psicologia da SBP, vol. 12, no 1, p. 43– 50, 2004.

GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

HYCNER, Richard. De pessoa a pessoa: Psicoterapia Dialógica. 2 ed. São Paulo: Summus, 1995.

LENCIONI, Sandra. Região e Geografia. São Paulo: EDUSP, 2003.

LEFEBVRE, Henri. O Direito à Cidade. 5 ed. São Paulo: Ed. Centauro, 2008.

LEPETIT, Bernard. Sobre a escala na história. In: REVEL, Jacques (Org.). Jogos de escalas: a experiência da microanálise. Rio de Janeiro: FGV, 1998. p. 77-102.

MARICATO, Ermínia. O impasse da política urbana no Brasil. Petrópolis. RJ. 2017.

MEDEIROS NETA, Olívia Morais de. É possível uma pedagogia da cidade? Revista HISTEDBR, Campinas, SP, v. 10, n. 40, p. 212–221, 2012. DOI: 10.20396/rho.v10i40.8639815. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639815>. Acesso em: 7 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.20396/rho.v10i40.8639815

MEDEIROS, Lucélia Kelly Alencar de & MARTINS, Remerson Russel Análise Comparativa de Estudos sobre Bem-Estar Subjetivo no Brasil: Aspectos Epistemológicos, Metodológicos e Teóricos. Estudos e Pesquisas em Psicologia, UERJ, v. 20, n. 3, p. 953-975, 2020. DOI: https://doi.org/10.12957/epp.2020.54359

MENDES, Leonardo José. Direito à cidade: Direito e garantia fundamental a ser desvendado e explorado em si sentido jurídico. São Paulo: Dialética, 2020.

MERLEAU-PONTY, Maurice. A estrutura do comportamento. Horizonte-MG: Interlivros, 1975.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito. Cosac Naify, 2004.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Carta de Ottawa. Primeira conferência internacional sobre promoção da saúde. Ottawa,1986.

PAISANA, João. Fenomenologia e Hermenêutica: a relação entre as filosofias de Husserl e Heidegger. Lisboa: Editorial Presença, 1992.

PESSOA, Fernando. A morte é a curva da estrada. In: PESSOA, Fernando. Poesias. 15 ed. Lisboa: Ática, 1995. Disponível em <http://arquivopessoa.net/textos/2345> Acesso: 16 mar. 2022.

SARAMAGO, José. Palavras para uma cidade. Outros Cadernos de Saramago. 2008. Disponível em: <https://caderno.josesaramago.org/1253.html>. Acesso em: 6 nov. 2021.

SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. São Paulo: Nobel, 1987.

SAULE JUNIOR, Nelson. Direito urbanístico: vias jurídicas das políticas urbanas. Porto Alegre. Sérgio Antônio Fabris editor, 2007.

SIQUEIRA, Mirlene Maria Matias & PADOVAM, Valquiria Aparecida Rossi. Bases teóricas de bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e bem-estar no trabalho. Psicologia: Teoria e Pesquisa, v. 24, n. 2, p. 201-209, 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0102-37722008000200010>. Acesso em: 9 dez. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-37722008000200010

SUERTEGARAY, Dirce Maria Antunes. Notas sobre Epistemologia da Geografia. Cadernos Geográficos/ UFSC. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Geociências. n° 1, Florianópolis: Imprensa Universitária, 1999.

TILLICH, Paul. A coragem de ser. Trad. Eglê Malheiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.

Downloads

Publicado

2022-12-22

Como Citar

Klumb Oliveira, M. A. (2022). Bem-estar subjetivo e Cidade Educadora: promoção da saúde à luz da fenomenologia. Retratos Da Escola, 16(36), 827–847. https://doi.org/10.22420/rde.v16i36.1595

Edição

Seção

Cidades que educam e se educam