Argumentos do Banco Mundial sobre a crise de aprendizagem

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.22420/rde.v16i35.1499

Mots-clés :

Educação, Banco Mundial, Crise de aprendizagem

Résumé

Este artigo trata dos argumentos do Banco Mundial – BM para justificar a denominada crise de aprendizagem: entre 1980 e 1990, a baixa escolaridade e a falta de capital humano explicavam a pobreza; com a atual expansão da oferta escolar, a condição econômica dos países seria gerada pela crise de aprendizagem na escola. Discute-se, então, como a noção de crise de aprendizagem anunciada pelo BM (2018) sustenta a ressignificação e a intensificação das recentes reformas educacionais brasileiras. Para isso, adotou-se a abordagem qualitativa, com pesquisa nos documentos do BM sobre essa crise, e a pesquisa bibliográfica para interlocução com esses dados. Como principais resultados, tem-se continuidade e aprofundamento do gerencialismo nas atuais reformas educacionais, centralizando a responsabilidade pela crise na escola, em professores/as e no desempenho de estudantes. O BM ressignifica os termos para intensificar o projeto de educação dos anos de 1990.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Dhyovana Guerra, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutoranda em Educação na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional e Social.

Amanda Melchiotti Gonçalves , Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutoranda em Educação na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus de Cascavel. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional e Social.

Simone Sandri, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutora em Educação e professora do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional e Social.

Ireni Marilene Zago Figueiredo, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutora em Educação e professora do curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Política Educacional e Social.

Références

BANCO MUNDIAL. Aprendizagem para Todos: Investir nos Conhecimentos e Competências das Pessoas para Promover o Desenvolvimento – resumo executivo. Washington DC, 2011. Disponível em: <https://documents1.worldbank.org/curated/en/461751468336853263/pdf/644870WP00PORT00Box0361538B0PUBLIC0.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2022.

BANCO MUNDIAL. Informe sobre el desarrollo mundial 2018: Aprender para hacer realidad la promesa de la educación: panorama general. Washington DC, 2018. Disponível em: <http://iin.oea.org/pdf-iin/RH/docs-interes/2019/Informe-sobre-el_Desarrollo-Mundial-2018.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2022.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 25 jul. 2022.

BRASIL. Lei nº 9.394/1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 25 jul. 2022.

BRASIL. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília, 1995. Disponível em: <https://bresserpereira.org.br/documents/mare/PlanoDiretor/planodiretor.pdf >. Acesso em: 25 jul. 2022.

FREITAS, Luiz Carlos de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. São Paulo: Expressão popular, 2018.

GAULEJAC, Vincent de. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. São Paulo: Ideias & Letras, 2007.

GUERRA, Dhyovana., & FIGUEIREDO, Ireni Marilene Zago (2021). Proposições do Banco Mundial para a política educacional brasileira (2016-2018). Educação e Pesquisa, São Paulo, n. 47, e231359, 2021. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147231359>. Acesso em: 25 jul. 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634202147231359

GRAMSCI, Antonio. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.

GRAMSCI, Antonio. Caderno do Cárcere 11 (1932-1933): Introdução ao estudo da filosofia. In: GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2004, p. 85-225.

HARVEY, David. O neoliberalismo: história e implicações. São Paulo: Edições Loyola, 2014.

LEHER, Roberto. Crise do capital, crise da escola. In: SOUZA JÚNIOR, Justino de. A crise na escola. Imprensa Universitária., 2014, p. 13-24. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/10234>. 25 jul. 2022.

LEHER, Roberto; VITTORIA, Paolo & MOTTA, Vânia Cardoso. Educação e mercantilização em meio à tormenta político-econômica. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, 14-24. Abr. 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.9771/gmed.v9i1.21792>. Acesso em: 25 jul. 2022. DOI: https://doi.org/10.9771/gmed.v9i1.21792

MÉSZÁROS, István. O século XXI: socialismo ou barbárie? São Paulo: Boitempo, 2012.

OLIVEIRA, Dalila Andrade. Da promessa de futuro à suspensão do presente: a teoria do capital humano e o Pisa na educação brasileira. Petrópolis: Vozes, 2020.

PEREIRA, João Márcio Mendes. Dimensões da história do Banco Mundial como ator político, intelectual e financeiro. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 34, n. 2, p. 1-4, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00000118

PETRAS, James. Os fundamentos do neoliberalismo. In: OURIQUES, Nildo Domingos & RAMPINELLI, Waldir José. No fio da navalha: crítica das reformas neoliberais de FHC. São Paulo: Xamã, 1997, p. 15-38.

ROCHA, Deise Ramos da, & HYPOLITO, Álvaro Luiz Moreira. Disputas pela escola pública: contribuições históricas para pensar o trabalho docente. Linhas Críticas, Brasília, v. 26, e31908, p. 1-15, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.31908>. Acesso em: 25 jul. 2022. DOI: https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.31908

WORLD BANK. From Schooling Access to Learning Outcomes: An Unfinished Agenda An Evaluation of World Bank Support to Primary Education. Washington, DC, 2006. Disponível em: <http://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/7083>. Acesso em: 25 jul. 2022.

WORLD BANK. Learning to realize education’s promise. Washington, DC, 2018. Disponível em: <http://www.worldbank.org/en/publication/wdr2018>. Acesso em: 25 jul. 2022.

ZANARDINI, Isaura Mônica Souza. A ideologia da pós-modernidade e a política de gestão educacional brasileira. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006. Disponível em: <https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2006.363971>. Acesso em: 25 jul. 2022.

ZANARDINI, João Batista. Ontologia e Avaliação da Educação Básica no Brasil (1990-2007).Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/91269/250190.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2022.

Téléchargements

Publié-e

2022-09-15

Comment citer

Guerra, D., Gonçalves , A. M., Sandri, S., & Figueiredo, I. M. Z. (2022). Argumentos do Banco Mundial sobre a crise de aprendizagem. Retratos Da Escola, 16(35). https://doi.org/10.22420/rde.v16i35.1499