Trabajo Docente Feminista

En tiempos de conservadurismo, desobedecer para transformar

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22420/rde.v16i36.1655

Palabras clave:

Educación, Trabajo Docente Feminista, Conservadurismo

Resumen

Como parte de una investigación más amplia aún en curso, este artículo aborda la práctica feminista necesaria, creativa y transformadora que ha sido desarrollada por docentes de educación básica brasileña. Ante una crisis política, social y pedagógica, que se compone de un escenario digital pospandemia y de una fuerte ola conservadora (LIMA; HYPOLITO, 2019), hay docentes emprendiendo iniciativas de resistencia, para responder a los ataques y desafíos que ha enfrentado la categoría. Utilizando referencias de los estudios críticos de la educación (APPLE; AU; GANDIN, 2011) y feminismos (hooks, 2019), y la herramienta teórico-metodológica del Análisis Relacional (APPLE, 1999), se analisa la práctica de une docente de una red estatal de educación del interior de Sao Paulo. Su práctica, aparentemente simple – una especie de evaluación diagnóstica/dinámica de la integración –, desobedece la norma hegemónica de la educación y la sociedad tradicionales, de manera más amplia. En ella se observaron elementos feministas, como la constitución de comunidades de aprendizaje; la inversión de la hegemonía, centralizando las experiencias de los grupos vulnerables en el proceso educativo; la participación respetuosa y comprometida de profesores y estudiantes; la legitimación de identidades disidentes, distintas a la hegemónica; y compromiso colectivo para combatir las desigualdades resultantes de los prejuicios.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Bruna Dalmaso-Junqueira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Integrante do Grupo de Pesquisas e Estudos em Sociologia da Educação. Pesquisadora colaboradora dos projetos A Aliança Conservadora, o Estado e as Políticas Educacionais no Brasil e Expatriamento, Trabalho e Histórias de Vida e coordenadora do projeto de extensão Café com Profes.

Citas

APPLE, Michael W. Ideologia e Currículo. Porto: Porto Editora, 1999.

APPLE, Michael W. Educando à Direita: mercados, padrões, Deus e desigualdade. São Paulo: Cortez/Instituto Paulo Freire, 2003.

APPLE, Michael W.; AU, Wayne & GANDIN, Luís Armando. Educação Crítica: análise internacional. Porto Alegre: Artmed, 2011.

CATARSIS. Buenos Aires: Colectivo Catarsis: Instituto de Estudios de América Latina y El Caribe, v. 1, n. 1, 1 maio 2019.

CONNELL, Raewyn. Schools and Social Justice. Philadelphia: Temple University Press,1993.

DALMASO-JUNQUEIRA, Bruna. Possibilidades para um Trabalho Docente Feminista: professoras mulheres da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, feminismos e a narrativa conservadora da “ideologia de gênero”. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.

DINIZ, Debora; GEBARA, Ivone. Esperança Feminista. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2022.

FERREIRA, Márcia Ondina Vieira. “Falar sobre gênero é falar lá no oito de março” – trajetórias de mulheres sindicalistas e seus posicionamentos sobre a importância do gênero no sindicato e na escola. Currículo sem Fronteiras, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 335-360, jan./abr. 2021. DOI: https://doi.org/10.35786/1645-1384.v21.n1.17

GAGO, Verónica. Cartografar a contraofensiva: o espectro do feminismo. Nueva Sociedad: democracia y política en América Latina, Buenos Aires, n. 2019, dez. 2019. Disponível em: <https://nuso.org/articulo/cartografar-contraofensiva-o-espectro-do-feminismo/>. Acesso em: 02 nov. 2022.

GANDIN, Luís Armando & HYPOLITO, Álvaro Moreira. Reestruturação educacional como construção social contraditória. In: HYPOLITO, Álvaro Moreira & GANDIN, Luís Armando. (Orgs.). Educação em Tempos de Incertezas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, p. 59-82, 2003.

GONÇALVES, Renata & SOUZA, Edvânia Ângela de. Somos todes youtubers? Indústria 4.0 e precarização do trabalho docente em tempos de pandemia. Serviço Social & Sociedade, n. 144, p. 33-51, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/0101-6628.279

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006.

GRIMALDI, Emiliano & BALL, Stephen. The blended learner: digitalisation and regulated freedom - neoliberalism in the classroom. Journal of Education Policy, [S.l.], v. 36, n. 3, p. 393-416, 2021. DOI: https://doi.org/10.1080/02680939.2019.1704066

GUILHOTINA #83: [Entrevista com Flávia Biroli]. [Locução de]: Bianca Pyl e Luís Brasilino. Le Monde Diplomatique Brasil, 11 set. 2020.

hooks, bell. Ensinando a Transgredir: educação como prática da liberdade. São Paulo: WMF/ Martins Fontes, 2013.

hooks, bell. Teoria Feminista: da margem ao centro. São Paulo: Perspectiva, 2019.

hooks, bell. Ensinando o Pensamento Crítico: sabedoria prática. São Paulo: Elefante, 2020.

HUMAN RIGHTS WATCH – HRW. “Tenho medo, esse era o objetivo deles”: esforços para proibir a educação sobre gênero e sexualidade no Brasil. [S.l.], Relatório, 2022. Disponível em: <https://www.hrw.org/pt/report/2022/05/12/381942>. Acesso em: 02 nov. 2022.

HUNTINGTON, Samuel. Conservatism as an ideology. The American Political Science Review, n. 51, p. 454-473, 1957. DOI: https://doi.org/10.2307/1952202

LACERDA, Marina Basso. O Novo Conservadorismo Brasileiro: de Reagan a Bolsonaro. Porto Alegre: Zouk, 2019.

LIMA, Iana Gomes de & HYPOLITO, Álvaro Moreira. A expansão do neoconservadorismo na educação brasileira. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 45, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-463420194519091

LINABARY, Jasime & BATTI, Bianca. “Should I even be writing this?”: public narratives and resistance to online harassment. In: GING, Debbie; SIAPERA, Eugenia (Eds.). Gender Hate Online: understanding the new anti-feminism. Dublin: Palgrave MacMillan, 2019. p. 253-276. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-96226-9_13

MANICOM, Ann. Feminist pedagogy: transformations, standpoints, and politics. Canadian Journal of Education, n. 17, v.3, p. 365-389, 1992. DOI: https://doi.org/10.2307/1495301

ODARA, Thiffany. Pedagogia da Desobediência: travestilizando a educação. Salvador, Devires, 2020.

OLIVEIRA, Andreza de. Ideologia de gênero não é preocupação para maioria, diz Datafolha. Folha de São Paulo, São Paulo, 02 jul. 2022. Disponível em < https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2022/07/ideologia-de-genero-nao-e-preocupacao-para-maioria-diz-datafolha.shtml>. Acesso em: 02 nov. 2022.

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. Amanhã Vai Ser Maior: o que aconteceu com o Brasil e as possíveis rotas de fuga para a crise atual. São Paulo: Planeta do Brasil, 2019.

ROCHA, Gladyz Avaliação diagnóstica. In: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Faculdade de Educação. Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita. Glossário Ceale: termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores. Belo Horizonte: [s. n.], 2014. Disponível em: < https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/autor/gladys-rocha>. Acesso em: 02 nov. 2022.

SILVA, Felipe Cazeiro da; SOUZA, Emilly Mel Fernandes de & BEZERRA, Marlos Alves. (Trans)tornando a norma cisgênera e seus derivados. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 27, n. 2, p. 1-12, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n254397

SCHWARCZ, Lilia Moritz. Sobre o Autoritarismo Brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

TARDIF, Maurice. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários: elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 13, p. 5-24, jan./abr. 2000.

VIANNA, Cláudia Pereira. Magistério paulista e transição democrática: gênero, identidade coletiva e organização docente. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 3, p.75-85, set./dez. 1996.

VINUTO, Juliana. A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, Campinas, v. 22, n. 44, p. 203-220, ago/dez. 2014. Disponível em: <https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/10977/6250>. Acesso em: 25 nov. 2022. DOI: https://doi.org/10.20396/tematicas.v22i44.10977

WEINER, Gaby. Feminisms in Education: an introduction. Buckingham; Philadelphia: Open University Press, 1994.

WILLIAMS, Raymond. Marxismo y Filosofía. Barcelona: Ediciones Península, 2000.

Publicado

2022-12-22

Cómo citar

Dalmaso-Junqueira, B. (2022). Trabajo Docente Feminista: En tiempos de conservadurismo, desobedecer para transformar. Retratos Da Escola, 16(36), 853–872. https://doi.org/10.22420/rde.v16i36.1655