A (des)consideração de funcionários/as da educação básica nas produções científicas
uma discussão a partir do conceito de divisão social do trabalho
DOI:
https://doi.org/10.22420/rde.v17i38.1718Palavras-chave:
Educação Básica, Funcionários/as, Divisão social do trabalhoResumo
Ao constatar o relativo silenciamento da academia em relação a funcionários/as da educação básica pública, este texto objetiva problematizar o conceito de divisão social do trabalho, a partir da obra de
Karl Marx, para discutir sujeitos/as, papéis e lugares no cotidiano laboral da educação básica. Demonstra-se empiricamente a escassa produção científica com discussões sobre funcionários/as da educação básica, num corpus de pesquisa teórica combinado com revisão bibliográfica de levantamentos realizados na SciELO – Scientific Electronic Library Online e nos Anais dos Simpósios da Associação Nacional de Política e Administração da Educação – ANPAE. O caráter periférico ou alegórico que funcionários/as representam na maioria dos textos permite inferir que o tema não exerce centralidade em parte da produção científica. Concluímos com uma provocação: estaria o conceito de divisão social do trabalho reverberando na produção científica quando dedicada aos estudos sobre o trabalho na educação básica?
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