Ludicidade ao pensar o tempo
jogos e brincadeiras nas aulas de história
DOI:
https://doi.org/10.22420/rde.v17i37.1579Palavras-chave:
Ludicidade, História, BNCC, Covid-19Resumo
O texto, em forma de relato de experiência, apresenta os desafios enfrentados nas aulas de história em uma turma multi-idade, no contexto de implantação da BNCC e do retorno às aulas presenciais após o distanciamento social imposto pela Covid-19. A busca por estratégias pedagógicas adequadas à conjuntura e ao perfil da turma levou a uma aproximação com a ludicidade. A partir da problematização do lugar atribuído ao lúdico na BNCC, argumentamos que experienciar a ludicidade no ensino fundamental – anos finais catalisa a progressão do conhecimento e da abstração conceitual que o documento espera para essa etapa da educação. Conclui-se que ter incluído ludicidade nas aulas de história contribuiu para mobilizar a turma em torno da mesma proposta didática, para a aquisição das habilidades curriculares previstas e para contornar alguns impactos negativos da pandemia.
Downloads
Referências
BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, Brasília, DF: MEC, 2018.
BRUNER, Jerome. Realidad mental y mundos posibles: los actos de la imaginación que dan sentido a la experiencia. Barcelona: Gedisa, 1996.
CAINELLI, Marlene. Educação Histórica: perspectivas de aprendizagem da história no ensino fundamental. Educar em Revista, [S.l.], v. 22, n. especial, p. 57-72, mar. 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-4060.399
FORTUNA, Tânia Ramos. Brincar é aprender. In: GIOACOMONI, Marcello Paniz & PEREIRA, Nilton Mullet (Orgs.). Jogos e ensino de história. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2018.
IVIC, Ivan. Lev Semionovich Vygotsky. Recife: Massangana, 2010.
LUCKESI, Cipriano. Ludicidade e formação do educador. Revista Entreideias: educação, cultura e sociedade, [S. l.], v. 3, n. 2, p. 13-23, jul./dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.9771/2317-1219rf.v3i2.9168
NÓVOA, António. Os professores e a sua formação num tempo de metamorfose da escola. Educação e Realidade, Campinas, v. 44, n. 3, p. 1-15. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623684910
PEREIRA, Nilton Mullet & RODRIGUES, Mara Cristina de Matos. BNCC e o passado prático: temporalidades e produção de identidades no ensino de história. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, [s. l.], v. 26, n. 107, p. 107–107, set. 2018. DOI: https://doi.org/10.14507/epaa.26.3494
PEREIRA, Nilton Mullet. O que se faz em uma aula de História? Pensar sobre a colonialidade do tempo. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 20, n. 45, p. 16–35, set./dez. 2018. DOI: https://doi.org/10.22196/rp.v20i45.4512
PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Porto Alegre: UFRGS. Faculdade de Educação. Departamento de Estudos Básicos, 1995.
RÜSEN, Jörn. O desenvolvimento da competência narrativa na aprendizagem histórica: uma hipótese ontogenética relativa à consciência moral. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; BARCA, Isabel & MARTINS, Estevão de Rezende (Orgs.). Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2019.
SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos. Cognição histórica situada: que aprendizagem histórica é esta? In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos & BARCA, Isabel (Orgs.). Aprender História: Perspectivas da Educação Histórica. Ijuí: Unijuí, 2009.
SIMAN, Lana Mara de Castro & COELHO, Araci Rodrigues. O papel da mediação na construção de conceitos históricos. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 40, n. 2, p. 591-612. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623646116
TUMA, Magda Madalena; CAINELLI, Marlene Rosa & OLIVEIRA, Sandra Regina Ferreira de. Os deslocamentos temporais e a aprendizagem da História nos anos iniciais do ensino fundamental. Cad.
CEDES, Campinas, v. 30, n. 82, p. 355-367, dez. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32622010000300006
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. A formação social da mente. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.