A privatização da educação pública brasileira e suas consequências para o sindicalismo docente

Autores

  • Sayarah Carol Mesquita dos Santos Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22420/rde.v15i33.1188

Palavras-chave:

Privatização da educação pública, Sindicalismo docente, Crise do capital

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os processos de privatização da educação pública no contexto da crise estrutural, identificando suas implicações ao sindicalismo docente brasileiro. Metodologicamente, utiliza-se da pesquisa bibliográfica, e a perspectiva teórica abordada tem base na concepção do materialismo histórico-dialético. Como considerações finais, identificou-se que na fase atual do capitalismo intensificam-se os processos de privatização da educação pública, o que traz consequências que enfraquecem e fragmentam a organização política dos/as professores/as, implicando na necessidade de organização de um movimento docente combativo e classista.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sayarah Carol Mesquita dos Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Mestra em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialista em Gestão Escolar, Alfabetização e Letramento e Metodologias de Ensino de Matemática. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas. Integrante do Grupo de Pesquisa em Gestão da Educação e Políticas do Tempo Livre – GESTOR/UFPE.

Referências

ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.

ANTUNES, Ricardo & PINTO, Geraldo. A fábrica da educação: da especialização taylorista à flexibilização toyotista. São Paulo: Cortez, 2017.

CAETANO, Maria. O ensino médio no Brasil e o instituto UNIBANCO: um caso de privatização da educação pública e as implicações para o trabalho docente. Revista Educação e Emancipação, São Luís, v. 9, n. 1, p. 122-139, jan./jun. de 2016.

CROSO, Camilla & MAGALHÃES, Giovanna. Privatização da educação na América Latina e no Caribe: tendências e riscos para os sistemas públicos de ensino. Educação & Sociedade, Campinas, v. 37, n. 134, p. 17-33, jan./mar. de 2016.

DIEESE. Estudos e Pesquisas – Balanço das greves de 2019. São Paulo: Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, 2020.

ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade privada e do Estado. São Paulo: Expressão Popular, 2012.

FERREIRA, Márcia. Somos todos trabalhadores da educação? Reflexões sobre identidades docentes desde a perspectiva de sindicalistas. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 225-240, mai./ago. de 2006.

FREITAS, Luiz Carlos de. A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias. São Paulo: Expressão Popular, 2018.

FRIGOTTO, Gaudêncio. As novas e velhas faces da crise do capital e o labirinto dos referenciais teóricos. In: FRIGOTTO, Gaudêncio & CIAVATTA, Maria (orgs.). Teoria e educação no labirinto do capital. São Paulo: Expressão Popular, 2016. p. 45-86.

GOMES, Thayse. Contratação de professores temporários nas redes estaduais de ensino no Brasil: Implicações para a categoria docente. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

MÉSZÁROS, István. (2011). A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo, 2011.

MOTTA, Vânia & FRIGOTTO, Gaudêncio. Por que a urgência da Reforma do Ensino Médio? Medida provisória n. 746/2016 (Lei n. 13.415/2017). Educação & Sociedade, Campinas, v. 38, n. 139, p. 355-372, abr./jun. de 2017.

OLIVEIRA, Dalila. Os trabalhadores da educação e a construção política da profissão docente no Brasil. Educar em Revista, Curitiba, n. especial 1, p. 17-35, 2010.

OLIVEIRA, Dalila. A reestruturação da profissão docente no contexto da nova gestão pública na América Latina. Rev. FAEEBA – Educação e contemporaneidade, Salvador, v. 27, n. 53, p. 43-59, set./dez., 2018.

PAULA, Ricardo. A luta docente contra as reformas neoliberais no Brasil e na França. Revista Pegada, Presidente Prudente, v. 19, n. 13, p. 347-368, set./dez. de 2018.

PAULO NETTO, José. Introdução ao estudo do método de Marx. São Paulo: Expressão Popular, 2011.

PIBIC/UFAL. Relatório de Pesquisa ciclo 2017/2018. Maceió: UFAL, 2018.

SILVA, Pedro. Movimento Todos pela Educação (TPE): intelectual orgânico do empresariado brasileiro. In: REBUÁ, Eduardo & SILVA, Pedro. Educação e filosofia da práxis: reflexões de início de século. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2016. p. 94-112.

TUMOLO, Paulo & FONTANA, Klalter. Trabalho docente e capitalismo: um estudo crítico da produção acadêmica da década de 1990. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 102, p. 159-180, jan./abr. de 2008.

VENCO, Selma. Uberização do trabalho: um fenômeno de tipo novo entre os docentes de São Paulo, Brasil? Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 35, mai. de 2019.

VIEIRA, Josenilton. O sindicato como espaço de construção da profissão docente. Tese (Doutorado em Educação) – Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.

Downloads

Publicado

2022-02-10

Como Citar

Santos, S. C. M. dos. (2022). A privatização da educação pública brasileira e suas consequências para o sindicalismo docente. Retratos Da Escola, 15(33), 913–927. https://doi.org/10.22420/rde.v15i33.1188