Discípulos de Paulo Freire e o compromisso com a educação emancipadora
DOI:
https://doi.org/10.22420/rde.v14i29.1147Palavras-chave:
Paulo Freire, ex-alunos, entrevistaResumo
No limiar de completar 100 anos do nascimento de Paulo Freire, a Retratos da Escola apresenta a seus leitores e leitoras reflexões sobre este autor, reconhecido mundialmente por suas inestimáveis contribuições ao desenvolvimento de práticas educacionais voltadas a uma sociedade mais justa e igualitária.
Embora aclamado como Patrono da Educação Brasileira, por meio da Lei n.º 12.612 de 2012 no Governo Dilma Rousseff, o educador conviveu com perseguições durante a vida e mesmo após a morte continua a sofrer duras críticas.
A resistência a Paulo Freire já vem de longa data, desde o fim da década de 1950 e início de 1960, quando o educador, ao conceber a educação popular, concretiza iniciativas de conscientização política do povo, particularmente das classes sociais excluídas e oprimidas. Suas ideias foram já então entendidas como subversivas pelo regime militar. Atualmente, as manifestações contra ele revelam que os setores conservadores continuam tão reacionários quanto na época da ditadura, sobretudo no campo educacional.
Tendo isso em vista, para a seção Entrevista deste número, convidamos Cristiano Amaral Garboggini di Giorgi, Dagmar Maria Leopoldi Zibas e Rudá Guedes Moises Salerno Ricci, três ex-alunos/as de Paulo Freire, do período em que o educador ministrou aulas no Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), no início da década de 1980, para reflexionarem acerca das seguintes questões: Por que Paulo Freire ainda incomoda a muitos/as? O que revelam os discursos, pretéritos e atuais, contra este pensador? Qual é a importância de Paulo Freire para a educação e para a mudança civilizacional que se faz necessária em decorrência do acúmulo de crises que vivemos atualmente?