História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na formação inicial de professoras(es) de Pedagogia
DOI:
https://doi.org/10.22420/rde.v15i32.1132Palavras-chave:
Formação docente. Relações étnico-raciais. Pedagogia Decolonial.Resumo
O presente estudo objetiva analisar como a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana são abordadas no currículo escolar da Educação Básica. Participaram do estudo gestores/as de dezenove escolas da região Oeste de Santa Catarina e, para tanto, utilizou-se como técnica para o levantamento de dados a entrevista. As diferenças étnico-raciais presentes no exercício da docência, por vezes, reforçam os processos coloniais e as relações de poder/saber vigentes. Conclui-se que uma das alternativas de superação é por meio da formação inicial de professores/as, capacitando-os/as/ para atuar na perspectiva da diversidade cultural, ao colocar sob tensão estereótipos e preconceitos étnico-raciais, apontando para a necessidade de pensar em outros paradigmas.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Silvio Luiz. Racismo Estrutural. São Paulo: Pólen Livros, 2019.
ALMEIDA, Silvio Luiz. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CP 03/2004, de 10 março 2004 - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/cnecp_003.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2019.
BRASIL. Lei 10.639/2003, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9. 394, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988.
MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: Ática Editora, 2000.
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto. In: CASTRO-GÓMEZ, Santiago.; GROSFOGUEL, Ramón. (Orgs.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistêmica más allá del capitalismo global. Bogotá: Universidad Javeriana - Instituto Pensar, Universidad Central - IESCO, Siglo del Hombre Editores, 2007. p. 127-167.
MARQUES, Eugenia Portela Siqueira; CALDERONI, Valeria Aparecida Mendonça de Oliveira. Os deslocamentos epistêmicos trazidos pelas Leis 10.639/2003 e 11.645/2008: possibilidades de subversão à colonialidade do currículo escolar. OPSIS, v. 16, n. 2, p. 299-315, 2016. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/Opsis/article/view/37081>. Acesso em: 08 mar. 2020.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes de. Educação Antirracista: tensões e desafios para o ensino de sociologia. Educação & Realidade, v. 39, p. 81-98, jan./mar. 2014. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/edu_realidade>. Acesso em: 05 jul. 2020.
RENK, Arlene. A colonização do oeste catarinense: as representações dos brasileiros. Cadernos do CEOM, n. 23, p. 37-71. Disponível em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/rcc/article/viewFile/2100/1190>. Acesso em: 08 mar. 2020.
ROMÃO, Jeruse Maria. A África que está em nós: história e cultura afro-brasileira: africanidades Catarinenses. João Pessoa: Grafset, 2010.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Alienígenas na sala de aula. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p. 159-177.
WALSH, Catherine. Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver”. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.