O Manuscrito da Pedagogia do Oprimido e a criação transcultural em Paulo Freire

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22420/rde.v14i29.1166

Palavras-chave:

Paulo Freire. Manuscritos. Pedagogia do Oprimido. Estruturalismo genético.

Resumo

Este trabalho tem como objeto de investigação o manuscrito da Pedagogia do Oprimido, de Paulo Freire. Produzido na década de 1960, no Chile, esse documento, que resistiu à devassa político-ideológica e cultural promovida pela ditadura pinochetiana, foi redescoberto no ano de 2001 e doado ao Brasil em 2013, ano em que se realizou a primeira publicação integral dos originais da obra-mestra do educador brasileiro. O universo desta pesquisa, além de estender-se à genealogia da obra, circunscreve-se à caracterização e análise histórico-cultural do documento. Em termos teóricos e de procedimento de interpretação, adotou-se o estruturalismo genético, conforme proposto por Lucien Goldmann.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jason Ferreira Mafra, Universidade Nove de Julho

outor (2007) e mestre (2001) em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). Graduado e licenciado em História pela Unisal. Desenvolveu, no doutorado, estudo sobre o conceito de conectividade em Paulo Freire. Tem experiência docente nas redes pública e privada, da Educação Básica e Superior, lecionando, pesquisando e orientando temas relacionados à Metodologia da Pesquisa, teoria e práxis freiriana; etnorracialidade e educação. É docente do Programa de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Educação da Universidade Nove de Julho (PPGE-UNNOVE) e Diretor do Programa de Mestrado Profissional em Gestão e Práticas educacionais (PROGEPE) na mesma universidade. Desenvolve e orienta pesquisas nas linhas Metodologia da Aprendizagem e Práticas de Ensino (LIMAPE); Educação Popular e Culturas (LIPECULT). É membro do Conselho Internacional de Assessores do Instituto Paulo Freire, onde coordenou, de 2000 a 2010, a Universitas Paulo Freire (UNIFREIRE). É autor de diversas obras didáticas em História, para a Educação Básica, e de artigos e livros em Educação. Dentre outros, publicou: Paulo Freire, contribuiciones para la pedagogía, 2005, (Editora Clacso); Valores e diálogos para uma cidade educadora (2010), História (4 volumes, para Educação de Jovens e Adultos); Jean-Ovide Decroly (2010) e Bogdan Suchodolski (2010), livros da Coleção Educadores, do MEC; Universidade Popular: teorias, práticas e perspectivas (Liber Livro, Instituto Paulo Freire, 2013); A ditadura espelhada (Liberlivro, 2014); Paulo Freire, um menino conectivo (Liberlivro, 2016). É um dos organizadores do livro Pedagogia do oprimido: o manuscrito (Liber Livro, Instituto Paulo Freire). Entre os projetos em que atua como pesquisador, destacam-se: 1) Observatório da Educação (Obeduc): Universidade Popular no Brasil, financiado pela CAPES; 2) Programa Marco Interuniversitario Para La Equidad Y La Cohesión Social De Las Instituciones de Educación Superior En America Latina, Riaipe 3, no âmbito do Programa Alfa III, financiado pela Comissão Europeia para a cooperação exterior. É líder do Grupo de Pesquisa do CNPq "Ylê-Educare: educação e questões étnico-raciais.

Referências

COSTA, C. “Brasil nunca aplicou Paulo Freire”, diz pesquisador. Entrevista a José Eustáquio Romão. São Paulo: BBC Brasil 24 jul. 2015. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/07/150719_entrevista_romao_paulofreire_cc>. Acesso: 20 jan. 2016.

FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2011.

FREIRE, Pedagogia da Autonomia. 49. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.

FREIRE, Pedagogia del oprimido. Santiago (Chile): Ediciones Universidad Tecnologica Metropolitana/Programa Interdisciplinario de Investigación em Educación, 2018.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido: o manuscrito. (MAFRA, J. F.; ROMÃO, J. E.; GADOTTI, M. (Org.). São Paulo: Instituto Paulo Freire/Universidade Nove de Julho/Ministério da Educação (MEC), 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido: o manuscrito. (MAFRA, J. F.; ROMÃO, J. E.; GADOTTI, M. (Org.). São Paulo: Instituto Paulo Freire/Universidade Nove de Julho/Ministério da Educação (MEC), 2018.

GOLDMANN, Lucien. A criação cultural na sociedade moderna. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1972.

LAURITTI, Nádia Conceição. Pedagogia da dialogicidade. Tese (Doutoramento) – Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), Universidade Nove de Julho, São Paulo, 2018.

MAFRA, J. F. Pedagogia do oprimido: do manuscrito à universidade popular. In: Moacir Gadotti. (Org.). Alfabetizar e conscientizar: Paulo Freire, 50 anos de Angicos. São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2014, v. 1, p. 355-360.

MAFRA, J. F.; ROMÃO, J. E.; GADOTTI, M. (Org.). Contracapa. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido (o manuscrito). São Paulo: Instituto Paulo Freire/Universidade Nove de Julho/Ministério da Educação (MEC), 2017.

MAFRA, J. F. Paulo Freire, um menino conectivo. São Paulo: Liberlivro/BT Acadêmico, 2017.

PINO, C. A.; ZULAR, R. Escrever sobre escrever. Uma introdução crítica a crítica genética. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

PREVIDELLI, Flávio. De terceiro pensador mais citado em trabalhos acadêmicos à inspiração para cientistas: o legado de Paulo FREIRE. Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-quem-foi-paulo-freire.phtml>. Acesso em: 5 ago. 2020.

ROMÃO J. E. Contextualização: Paulo Freire e o Pacto Populista. In: FREIRE, P. Educação e atualidade brasileira. (Org.) José Eustáquio Romão. 3. ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

SILVA, Camila Téo da. A gênese da pedagogia do oprimido. 2017. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

Downloads

Publicado

2020-10-08

Como Citar

Mafra, J. F. (2020). O Manuscrito da Pedagogia do Oprimido e a criação transcultural em Paulo Freire. Retratos Da Escola, 14(29), 387–401. https://doi.org/10.22420/rde.v14i29.1166

Edição

Seção

Paulo Freire: educação e emancipação